sábado, 1 de agosto de 2009

Choro



Olho e não enxergo nada
Abro os olhos e continuo a não ver sentido.
O que me resta à final?
Desespero?
Sou um ventríloquo...

Desespero! Sentimento que me traz
Algo que não vem só
Desprezo? Pode até vir junto.
O que seria de um sentimento
[que envolve lembranças tão más?

Mas algo vem para libertar.
A salvação,
Grande heroína que me derruba para
Logo levantar...
Algo tão delicado
Inocente e expressivo.

É quente e imprevisível
Tem gosto de morte e desgraça
Mas sem ela não existe vida,
Expressão,
Sentimentos, ruins ou bons,
[depende do contexto.

Escorrem na vidraça
Limpando o espelho da alma,
Lavando todos os sentimentos de angustia.

Assopra quente o sal no olhar
Que purifica com esplendor
E leva-se
Aliviando enfim aquela tão grande dor.

Enxergar
Torna-se mais fácil
Até me poluir novamente
E reprimir este impulso
Com medo de me importar,
Com aquilo que vem na mente.
(janeiro de 2009, Patrícia da C. Freire)

Algo tão latente que me passa na mente sem nem conseguir pensar,
Passa tão rápido que me joga de lado e me deixa a indagar.
Pensamentos distantes que não são importantes vêm a me perturbar.
(surto do momento ^^)

É incrível como temos a capacidade de criar e logo destruir, apagar como se nunca tivesse nem existido, um simples surto de um momento pode não dizer nada e no final cai no esquecimento. Não faz sentido no momento, nem perca seu tempo querendo decifrar, mas talvez um simples surto mesmo sem motivo ou explicação possa dizer muito mais do que podemos imaginar.

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