segunda-feira, 7 de setembro de 2009

O Sexo Dos Poetas


O gênero, poesia
Do Poeta e sua Cria
O papel é a cama
Onde se enrosca
E se ama
O branco é a virgem
A tinta rompe o himem.

As palavras se amassam
Suas curvas se enlaçam
Cada rima um orgasmo.

Envolve-se num amasso
Cada verso
Um suspiro
As letras
Arrepio

Sobe, desce,
Separam se amarram,
E assim acaba
O sexo da palavra.

Cada estrofe,
Uma gestação
Cada poema,
Uma nova Paixão

O Poeta cria e se delicia
Namora seu poema
Suas curvas, aprecia.
Embriaga-se com a rima
A cada fim de linha.
Ao final quando termina
Nasce a poesia.

Poeta ou Poetisa
Isso é apenas um ponto de vista
Os Xs e Ys neste momento
Não são importantes
Os Xs são sempre predominantes.

O Poeta nasce na ardência da paixão
Cresce a partir de sua emoção
Este eterno amante,
Namora a todo instante
Paixão alucinante
Incêndio incessante.

Acredite se quiser
Neste momento
Sou poeta.
Não uma mulher.



(Patrícia da C. Freire / Paty Freire)